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Vitória da Conquista, Bahia, Brazil
Estudante do 8º semestre do curso de licenciatura em Geografia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).

Textos

O PLANETA TERRA: UM SISTEMA DINÂMICO
                                                                                  Bonieck Lima
                                                                                     Geslaney Brito
                                                                                         Jemeffer Lebrão
                                                                                         Tarlisson  Renê
Você sabia que o nosso planeta é um organismo dinâmico que constantemente passa por mudanças? Para que essas mudanças aconteçam é necessário que haja energia e as duas fontes de energéticas que influem sobre o nosso planeta são a irradiação solar, a mais importante, e a energia oriunda do interior da terra, que é responsável por terremotosmaremotos,vulcões, dobramentos que deram origem as cadeias de montanhas e pela Tectônica de Placas etc. Conhecer essa energia é fundamental para compreender a dinâmica interna da Terra e os diversos elementos que compõe o seu sistema físico.


A Terra surgiu por meio da agregação de poeira cósmica que aumentou a força gravitacional e possibilitou a retenção das partículas que compuseram a atual estrutura do planeta. Os elementos mais densos, como o Ferro e o Níquel migraram mais rapidamente para o centro da Terra, enquanto que os materiais mais leves ficaram mais próximos a superfície. Desta forma surgiu a estrutura interna do Planeta com a distinção entre os elementos que compõem as suas camadas principais, como o núcleo, o manto e a crosta.


A litosfera ou crosta terrestre é a mais supercificial do planeta e esta dividida em duas partes: a mais superficial chamada Sial, por causa da presença de silício e alumínio, com uma espessura de 15 a 25 km e nela predominam as rochas sedimentares e magmáticas. A parte mais interna é dominada de Sima, pela grande presença de silício e magnésio, com uma espessura de 30 a 35 km. A crosta terrestre é a camada que está mais submetida a constantes modificações provocadas tanto por agentes internos como os agentes externos. É uma camada descontínua formada por placas que flutuam sobre o magma, sua espessura varia, sendo maior em áreas de altas montanhas e menor no assoalho oceânico.
A partir dos 60 km aproximadamente do interior da Terra, encontra-se um material pastoso e incandescente denominado Magma, é a Pirosfera ou Manto. Ela representa aproximadamente 83% do volume do planeta. Onde origina-se  a força que gera as mais importantes mudanças na crosta terrestre.


           A camada central é chamada de Barisfera ou Núcleo. A despeito da elevada temperatura, admite-se que esteja no estado sólido, em virtude da grande pressão. Com aproximadamente 34% da massa do planeta, o núcleo apresenta-se rico em níquel e ferro.


Tectônica de placas


A litosfera não é uma camada contínua como um anel rochoso que envolve a terra, mas é um conjunto de placas que colocam-se lado a lado como um quebra cabeça formando  tanto os continentes como o fundo dos oceanos. Essas porções da crosta terrestre são chamadas de placas tectônicas que se deslocam constante e lentamente. É um deslocamento quase imperceptível, conhecido como deriva dos continentes ou Deriva Continental de placas que flutuam sobre a Astenosfera que é a parte mais interior e viscosa do manto.
Analisando o movimento das placas tectônicas os cientistas concluíram que há cerca de milhões de anos existiu um único denominado de Pangéia que se dividiu em pedaços de terras emersas e foram se distanciando uns dos outros em um movimento produzido pelas forças internas da Terra. Assim, cada grande porção de terra deu origem a um continente que formaram a atual distribuição continental. Esse movimento no interior da Terra começou há aproximadamente 200 milhões de anos e continua ate hoje. A esse fenômeno damos o nome de  Deriva Continental. Esse fenômeno pode ser comprovado através da observação das semelhanças entre o litoral da África e da América do Sul.
Além disso, cientistas encontraram semelhanças na geologia, no clima e na vegetação. Entre mais ou menos 180 a 200 milhões de anos, a partir do período Jurássico os continentes começaram a se afastar, tanto na direção oeste, quanto em direção a linha do Equador. Formaram-se dois supercontinetes: a Laurásia e Gondwana.
Há cerca de 65 milhões de anos, no inicio do Terciário, a América do Sul separou-se da África e a, seguir, a America do Norte, da Laurásia. A Índia continuava a se deslocar em direção a Ásia. A Austrália e a Antártida mantinham-se ligadas.
Finalmente, nos últimos 65 milhões de anos, as Américas se juntaram, a Austrália separou-se da Antártida e a Índia “chocou-se” com a Ásia, formando a Cordilheira do Himalaia. A Groelândia afastou-se da América e os continentes ficaram separados pelos oceanos. Nos limites divergentes, duas placas (afastam-se uma da outra sendo o espaço produzido por este afastamento preenchido com novo material de origem magmática que forma as Dorsais oceânicas, verdadeiras cadeias de montanhas no fundo do mar. Esse movimento pode ocorrer tanto em placas continentais quanto em placas oceânicas. Um exemplo são as placas Africana e Sul americana que estão se afastando. Isso ocasiona a expansão do fundo do oceano e conseqüentemente da crosta terrestre.


Pangéa: Continente único


As placas tectônicas se movimentam de acordo com a dinâmica do magma no manto da terra e podem deslizar, afastar ou colidirumas com as outras. 


Quando há colisão entre duas placas, dizemos que elas sãoconvergentes e esse fenômeno pode ocorrer entre duas placas oceânicas ou entre uma placa continental e outra oceânica. Nesse tipo de movimentação a placa menos densa mergulha sob a placa mais densa (subducção). Essa funde-se ao manto e provoca o surgimento de montanhas em virtude da pressão e do choque da colisão. Além disso, podem ocorrer terremotos, e também, nas regiões próximas a esse limite surgem ilhas e vulcões. Na convergência de duas placas continentais uma penetra sobre a outra, mas sem que o material se funda novamente ao manto. Nesses casos, o choque e a pressão provocam dobramentos e deformações de rochas, além de terremotos. A cordilheira dos Andes se formou pela colisão entre a Placa de Nazca, uma placa oceânica e a placa Sul-americana, uma Placa continental (GARAVELLO e GARCIA, 2005).


 Quando uma placa desliza em relação a outra, trata-se de zonas cujos limites são chamados Conservativos. Esse movimento pode envolver tanto duas placas oceânicas, quanto duas placas continentais em ambos os casos não há nem perda de material nem dobramentos, mas sim terremotos, metamorfismos e surgimento de falhas. Eles não surgem exatamente no limite entre as placas, mas ao longo deste, determinando que haja movimentos horizontais e paralelos em relação ás falhas. Um exemplo é a Falha de San Andreas – Califórnia que ocorrem entre as placas Norte americana e a do Pacífico.(GARAVELLO e GARCIA, 2005)
De olho na notícia: Para exemplificar o poder da dinâmica interna do planeta, podemos citar o tsunami ocorrido recentemente no Japão, em virtude de um intenso terremoto de magnitude de 8,9 na escalaRichter e que provocou ondas gigantes com cerca de 10 metros de altura. O tsunami é um fenômeno da natureza que pode ser causado por erupções vulcânicas, movimentações entre as zonas de convergência(fronteiras entre as placas tectônicas) no fundo dos oceanos, esses comportamentos geram uma série de ondas fortes caracterizadas por intensa velocidade e altura acentuada. A destruição causada por terremotos em áreas habitadas pode causar os seguintes danos, de acordo com escala Richter:
Inferiores a 3,5 graus: raramente são notados.
·        De 3,5 5,4 graus: geralmente sentido, mas raramente causa danos.
·         Entre 5,5 6 graus: provocam pequenos danos em edifícios bem estruturados, no entanto, seus efeitos são arrasadores em edifícios de estrutura precária.
·         De 6,1 a 6,9 graus: causa destruição em áreas de até 100 quilômetros de raio.
·         De 8 a 8,5 graus: é considerado um abalo fortíssimo, causando destruição da infra-estrutura.
·         De graus: destruição total.
Dessa forma vê-se que a destruição ocorrida no Japão, esta associada diretamente à magnitude do sismo de 8.9 , acompanhado de ondas gigantes, que causaram grande destruição no país.


Lista dos terremotos mais intensos da história 
Por último segundo

.

Segundo informações do Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o mais forte terremoto da história ocorreu em 22 de maio de 1960, em Valdívia (Chile), com magnitude 9,5.
Este tremor matou 2 mil pessoas e provocou um maremoto com ondas de até 10 metros. As ondas apagaram do mapa cidades inteiras na costa chilena e fizeram vítimas também em outros países banhados pelo Oceano Pacífico.
O segundo maior terremoto já registrado ocorreu no Alasca (EUA), em 27 de março 1964: um abalo de magnitude 9,2 fez 15 vítimas fatais e gerou um tsunami que matou outras 128 pessoas. Seu epicentro foi na região de Prince William Sound, no sul do Alasca.
A ilha de Sumatra, na Indonésia, registrou em 26 de dezembro de 2004 um terremoto de magnitude 9,1, causando um tsunami que matou 230 mil pessoas em 14 países da região. O tremor ocorreu a 30 quilômetros de profundidade no Oceano Índico.
Tsunami devastou Aceh, na Indonésia, e mais 12 países em 2004.
Em 4 de novembro de 1952, um abalo de magnitude 9,0 na península de Kamchatka, extremo oeste da Rússia, gerou ondas gigantes que chegaram até o Havaí, causando prejuízos financeiros de até US$ 1 milhão, mas nenhuma vítima fatal.
Também de magnitude 9,0, dois grandes terremotos abalaram a região de Arica, fronteira entre Peru e Chile, em 13 de agosto de 1868. Diversas cidades foram afetadas pelas ondas causadas pelo tremor, que vitimou cerca de 25 mil pessoas.
Outro terremoto de magnitude 9,0 ocorreu em 26 de janeiro de 1700 em uma região de cerca de 1.000 km na costa noroeste da América do Norte, entre os Estados Unidos e o Canadá. O tsunami que se seguiu chegou até o Japão. Não há estimativa de vítimas.
Em sétimo lugar, fica o tremor de magnitude 8,9 que atingiu o Japão por volta das 15h (horário local) de 11 de março de 2011. O epicentro foi na costa próxima à província de Miyagi, a 373 km de Tóquio.
Dois terremotos na história tiveram magnitude de 8,8. Um ocorreu no Chile, em 27 de fevereiro de 2010, matando mais de 800 pessoas e deixando cerca de 20 mil desabrigados. O epicentro foi a região de Bío-Bío, a cerca de 320 km ao sul de Santiago.
O outro atingiu a costa entre o Equador e a Colômbia em 31 de janeiro de 1906, matando entre 500 e 1,5 mil pessoas. O tremor chegou a ser sentido em San Francisco (EUA) e no Japão.
Três terremotos já foram registrados com magnitude 8,7: Em 1º de novembro de 1755, um tremor de magnitude 8,7 destruiu Lisboa, matando cerca de 70 mil pessoas.
Já em 4 de fevereiro de 1965, um tremor também de magnitude 8,7 atingiu as ilhas Rat, no Alasca (EUA), gerando um tsunami de cerca de 10 metros de altura na ilha de Shemya. Apesar disto, o abalo causou poucos danos.
Em 8 de julho de 1730, um terremoto de igual magnitude atingiu Valparaíso (Chile), gerando um tsunami e causando danos em diversas cidades da costa, mas causando poucas mortes.



Regiões brasileiras e abalos sísmicos



No Brasil, os tremores de terra só começaram a ser detectados com precisão a partir de 1968, quando houve a instalação de uma rede mundial de sismologia. Brasília foi escolhida para sediar o arranjo sismográfico da América do Sul. Há, atualmente, 40 estações sismográficas em todo o país, sendo que o aparelho mais potente é o mantido pela Universidade de Brasília.

Há relatos de abalos sísmicos no Brasil desde o início do século 20. Segundo informações do "Mapa tectônico do Brasil", criado pela Universidade Federal de Minas Gerais, em nosso país existem 48 falhas, nas quais se concentram as ocorrências de terremotos.

Ainda segundo dados levantados a partir da análise de mapas topográficos e geológicos, as regiões que apresentam o maior número de falhas são o Sudeste  e o Nordeste, seguidas pelo Norte e Centro-Oeste, e, por último, o Sul.

O Nordeste é a região que mais sofre com abalos sísmicos. O segundo ponto de maior índice de abalos sísmicos no Brasil é o Acre. No entanto, mesmo quem mora em outras regiões não deve se sentir imune a esse fenômeno natural.

Embora grande parte dos sismos brasileiros seja de pequena magnitude (4,5 graus na Escala Richter), a história tem mostrado que, mesmo em "regiões tranqüilas" podem acontecer grandes terremotos. Apesar de não ser alarmante, o nível de sismicidade brasileira precisa ser considerado em determinados projetos de engenharia, como centrais nucleares, grandes barragens e outras construções de grande porte, principalmente nas construções situadas nas áreas de maior risco.










Conhecendo melhor a estrutura da Terra para compreender

a sua superfície.


Iara Silva Araújo
Manara Teles Santos
Valéria Pereira Sousa


As atividades humanas estão voltadas conforme os interesses políticos, econômicos e sociais para garantir a sua reprodução. Com a natureza, homem estabelece uma relação de interdependência, ou seja, existe entre ambos um intercâmbio mútuo. Desta forma a humanidade irá se apropriar das diferentes ciências e da tecnologia a fim de procurar novas possibilidades e condição de domínio das questões relacionadas à natureza, aqui faz-se uma referência a Climatologia, Geomorfologia e a Geografia por exemplo.
 No sistema capitalista vigente, a apropriação dos recursos naturais é intermediada pelas relações mercantis e produz lucros, neste sentido a velocidade com que são criados os novos aparatos tecnológicos que tem gerado também uma crescente deterioração da superfície terrestre. É sobre a superfície da Terra que a humanidade se assenta, dela são retirados os elementos do qual os seres humanos precisam para suprir suas necessidades básicas. Faremos no decorrer do texto um esforço para compreendermos a intervenção humana nos estudos geomorfológicos, ou seja, a superfície terrestre é dotada de diferentes formas da qual chamados de relevo, onde o homem atua continuamente produzindo e reproduzindo o espaço , de forma a adaptá-lo ao seu modo e condição de vida.
Mas a superfície terrestre vem sendo modelada ao longo de toda a sua existência, através de processos internos (aqueles impulsionados pela energia contida no interior do planeta: forças tectônicas, vulcanismo e sismos), os processos externos por sua vez, realizam um trabalho de escultural e possuem como principais agentes de modelagem a temperatura, vento, chuvas, rios, oceanos, geleiras, microrganismos, cobertura vegetal, entre outros que atuarão transformando as rochas, tal alteração do relevo é provocada por dois processos principais: o intemperismo e a erosão. O primeiro é subdividido em três: intemperismo físico e químico e biológico.
A hidrografia, o relevo, juntamente com o clima e a vegetação são elementos que produzem a paisagem que constitui a base física da terra. A apropriação do espaço significa a capacidade do homem transformar a natureza por meio do trabalho. O processo de valorização espacial cumpre a função de fixar a população que tem recriado o natural pra satisfazer suas necessidades e garantir a continuação da vida social.
 Os elementos formadores do espaço geográfico são dois: físicos ou naturais e humanos ou culturais. Como observa-se na figura 1.



Figura 1: Baía de Guanabara – Cidade do Rio de Janeiro – RJ/Brasil. Google imagens, acesso em 2011. 

A natureza realiza modificações que levam muitos anos para que se tornem perceptíveis ao homem, portanto para que possamos entender o processo de constituição do relevo, é preciso compreender o desenvolvimento social da humanidade não deixando de lado a inter-relação ciência e tecnologia e conseqüentemente admitir a transformação do relevo como uma conseqüência da apropriação da natureza e sua progressiva dominação que implica em repensar a maneira como analisamos os conhecimentos naturais.

O relevo terrestre resulta da interação entre os processos que têm lugar no interior, à superfície e na atmosfera da Terra. O relevo influencia a sociedade, não apenas em termos dos processos lentos da mudança da paisagem, mas também através de outros processos que continuamente vão transformando a paisagem sem que percebêssemos.
A alteração do relevo pode afetar de forma séria a vida humana, assim como a de animais e plantas. Estas alterações são causadas tanto por processos naturais como por atividades antrópicas, embora, a contribuição absoluta e relativa de cada fator seja ainda mal compreendida.
Na construção civil, na agricultura, no planejamento urbano, é de fundamental importância que se faça um estabelecimento de estratégias adequadas para a utilização da superfície terrestre, portanto é necessário que a ocupação humana se feita de modo a preservar as características naturais do relevo.
Com o processo de expansão das cidades associada ao crescimento populacional e desenvolvimento econômico urbano, inicia-se uma intensa intervenção nos componentes naturais, sobretudo no que diz respeito a utilização das encostas, dos terrenos alagadícios próximos  ao leito dos rios  ou mangues, entre outros, para construção residencial.Nestas áreas de risco a falta de permeabilidade do solo, a retirada da vegetação ocasionam graves problemas socioambientais.

O REVELO BRASILEIRO E SUA CLASSIFICAÇÃO.

O território brasileiro possui uma grande diversidade de formas em sua superfície, desenvolvidas por pesquisadores, como Aroldo de Azevedo, Aziz Ab’Sáber  e Jurandir Ross. São eles: a)planalto: plano elevado, em que os processos de erosão superam os de sedimentação;
b)planície: plano rebaixado em relação ao planalto, área em que os processo de sedimentação superam os de erosão; depressão:
c)relevo aplainado, rebaixado em relação ao seu entorno, onde se predomina processos erosivos; escarpa:
h)montanha: cadeia de morros com altitude elevada, como a Cordilheira dos Andes; i)serra: conjunto de formas variadas do relevo;
d)declive acentuado que aparece em bordas de planalto;

e)cuesta: forma de relevo que possui um lado com escarpa e outro com declive suave; f)chapada: tipo de planalto, cujo topo é aplainado e as encostas escarpadas;

g) morro: pequena elevação, como uma colina;  
j)Inselbergs: saliência encontrada em regiões de clima árido e semi-árido.


                                                                          Planície 

                                                                            Cuesta

                                                                        Montanha
                                                                               Inselberg


O ASSOALHO DOS OCEANOS: O RELEVO SUBMARINO.

O fundo do mar também possui formas variadas, resultantes da ação de agentes internos e do intemperismo químico que ocorre em larga escala, e o único agente externo que modela a superfície submarina é a água.
Os principais compartimentos do relevo são: plataforma continental: é relativamente plana, constituindo a continuação do relevo terrestre abaixo do nível do mar, composto predominantemente de rochas sedimentares; talude: borda oceânica da plataforma continental, marcada por um desnível acentuado de até 2 mil metros, na base do qual estão  a crosta continental e a oceânica; região abissal: corresponde a crosta oceânica, nessa área ocorrem diversas formas de relevo, como depressões, dorsais, montanhas tectônicas e fossas marinhas.




Movimentos gravitacionais de massa, tragédias de verão
Chuvas torrenciais em áreas de ocupação indevida, associadas a outros processos de desequilíbrio ambiental, levam a acidentes que podem ser evitados na maior parte dos casos, mas ainda produzem mortes e prejuízos materiais
por Jefferson Picanço


O roteiro é conhecido. De repente, toneladas de solo, rochas e troncos de árvores, acompanhados do som que lembra um trovão, deslizam do morro. Pelo caminho, arrasam construções,soterrando e matando pessoas e animais. A repetição dessas catástrofes no Brasil, durante o verão, parece sempre uma tragédia anunciada. As autoridades, pegas de surpresa, atiram a responsabilidade sobre os próprios fenômenos naturais, como se a chuva fosse algo anormal ou as rochas do morro estivessem todas carregadas de uma estranha má intenção. Os cidadãos, enlutados e estupefatos, perguntam se essas tragédias poderiam ter sido evitadas e com isso pode ser feito.

Os movimentos de terra e solo que todos os anos provocam desastres nas cidades brasileiras fazem parte de um tipo de fenômenos naturais denominados movimentos gravitacionais de massa. Esses movimentos caracterizam-se pela dissipação de significativa quantidade de energia e pelo deslocamento de grandes massas de materiais terrestres, como rochas, solo, e por vezes troncos de árvores, sob a ação da gravidade.Os movimentos gravitacionais de massa têm geometrias, volumes e velocidades muito distintas entre si. Alguns tipos, como as quedas de blocos ou avalanches, são extremamente rápidos. Outros, como os rastejos, apresentam movimentos da ordem de centímetros por ano.

Numa paisagem serrana qualquer do sul-sudeste do Brasil, enxergamos a princípio somente árvores, pedras e solo. Mas, longe de ser estática, essa paisagem está sofrendo a ação de forças tectônicas, que criam o relevo, e está sob a ação de diferentes agentes geológicos, como a água, o vento e os organismos vivos, que a modelam. A paisagem é o resultado desse somatório de processos no tempo.
A formação de solos é mais intensa em climas tropicais quando as elevadas temperaturas e as precipitações atmosféricas fazem com que as rochas sejam mais facilmente decompostas e desagregadas, num processo denominado intemperismo. O principal produto do intemperismo é a formação de uma espessa capa de material desagregado e poroso, que contém desde finas partículas até blocos parcialmente decompostos de rocha. Essa capa é denominada regolito, ou manto de intemperismo. O regolito é composto por saprolito, a rocha total ou parcialmente decomposta, e pelo solum, que é o solo propriamente dito.



Excesso de chuva em área de ocupação de risco soterrou pousada e residências na enseada do Bananal, Ilha Grande em Angra dos Reis, na passagem do ano de 2009 para 2010.



Jefferson Picanço geólogo formado pela UFPR(1989), tem mestrado (1994) e doutorado(2000) pela Universidade de São Paulo(USP). Trabalha com mapeamento geológico aplicado à exploração mineral e com geologia aplicada à engenharia. Atualmente também desenvolve pesquisas sobre a história das ciências geológicas no Brasil colonial.


O CLIMA INTERFERE EM NOSSAS VIDAS



Muitas pessoas confundem clima com tempo. Más será que há diferença entre os dois?
            O tempo é o estado da atmosfera de um lugar num determinado momento. Ele pode mudar constantemente.
            O clima: A palavra clima é derivada do grego klima, que significa “inclinação” e se refere ao conjunto das condições atmosféricas que caracterizam uma região. Ele é definido pelas médias das observações do comportamento da atmosfera durante um longo período (no mínimo 30 anos).

Elementos e fatores que influenciam no clima

            Diversos são os elementos que podem ser utilizados para a qualificação do tempo e do clima, são estes: a temperatura, a pressão atmosférica, os ventos, a umidade e precipitação. Estes elementos, ou a combinação destes, dependerão de vários fatores como: altitude, latitude, maritimidade, presença de uma corrente marítima, cobertura vegetal. Essas variações são determinantes quanto ao tipo de clima de uma determinada região, por isso os climas não são iguais em todos os lugares.

VAMOS CONHECER OS ELEMENTOS DO CLIMA

a)   TEMPERATURA
           
            Exprime a quantidade de calor que o ar contém, tendo como principal fonte o sol. Na realidade, a radiação solar atravessa a atmosfera sem provocar o seu aquecimento, que só acontece, após a absorção dos raios pela Terra, pelo mar e pelo efeito de irradiação do calor ao retornar para a porção superior da troposfera (camada  da atmosfera mais próxima da superfície terrestre onde ocorrem os fenômenos atmosféricos). A quantidade de energia que atinge a superfície da Terra é denominada de insolação.
           

b)    PRESSÃO ATMOSFÉRICA

            A pressão constitui o peso que o ar exerce sobre a superfície terrestre. Ela varia basicamente em função de três fatores: altitude, temperatura e umidade. Com relação à temperatura, à medida que esta se eleva, o ar se torna mais rarefeito e, portanto, com baixa pressão. Mas se ao contrário a temperatura diminui o ar torna-se mais denso e, consequente com alta pressão. Com relação à altitude, as áreas mais baixas têm uma grande camada de ar sobre elas fazendo com que a pressão fique mais alta, enquanto as áreas mais altas apresentam uma camada de ar menor em pressão menor. Sendo assim, com relação à temperatura, as áreas de alta pressão (mais frias), como a cidade de Vitória da Conquista, por exemplo, são dispersoras de ar e as áreas de baixa pressão (quentes) como a cidade de Itapetinga, receptoras de ar.

c)   VENTOS

Vento é o ar atmosférico em movimento, pode ser horizontalmente ou verticalmente, por causa das diferenças de temperatura e de pressão entre os diversos locais da Terra. Os ventos sempre sopram das áreas de alta pressão, chamadas anticiclonais para as áreas de baixa pressão ou ciclonais. São os ventos alísios que saem de medias e baixas latitudes  Quanto maior for a diferença de pressão entre regiões, maior será a velocidade do vento, podendo ocorrer vendavais ou ventos mais fortes, que recebem diferentes nomes, conforme o local: furacão (se forma sobre o Oceano Atlântico e atinge áreas do Caribe e leste dos EUA), tornado (se forma sobre o continente, sendo comum nos EUA), tufão (se forma sobre o Oceano Pacífico e atinge áreas da Ásia). 


d)   UMIDADE ATMOSFÉRICA

É a quantidade de vapor de água presente no ar atmosférico. Esta quantidade pode ser medida em números absolutos (g/m³) ou de forma relativa ao seu ponto de saturação (%). Quando dizemos que a umidade relativa do ar é 80%, significa que faltam 20% para o ar reter todo o vapor d’água e começar a chover.
A umidade atmosférica normalmente diminui com o aumento da altitude e da latitude. Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como estado de alerta as variações entre 20% e 12% na umidade relativa do ar. É considerado alerta máximo quando a umidade do ar atinge níveis abaixo de 12%. A baixa umidade do ar (na faixa dos 20%) causa problemas respiratórios, secura na garganta, no nariz, olhos e pele. A baixa umidade relativa do ar pode provocar ainda, problemas ambientais, como queimadas foi o que ocorreu recentemente na região centro –oeste.
A umidade atmosférica normalmente diminui com o aumento da altitude e da latitude. Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como estado de alerta as variações entre 20% e 12% na umidade relativa do ar. É considerado alerta máximo quando a umidade do ar atinge níveis abaixo de 12%. A baixa umidade do ar (na faixa dos 20%) causa problemas respiratórios, secura na garganta, no nariz, olhos e pele. A baixa umidade relativa do ar pode provocar ainda, problemas ambientais, como queimadas foi o que ocorreu recentemente na região centro –oeste

e) PRECIPITAÇÃO

       Corresponde a diferentes maneiras pela qual o vapor de água, após condensar-se na atmosfera, chega à superfície terrestre. A neve, o granizo e a chuva são as principais formas de precipitação atmosférica.
       A neve é o resultado da cristalização do vapor de água no interior ou pouco abaixo das nuvens. Ocorre em regiões onde a temperatura atmosférica é suficientemente baixa para evitar que os cristais entrem  em fusão.
       O granizo é constituído pelo gelo. Sua formação deve-se as fortes correntes conectivas, que realizam o transporte das gotas de água condensadas, de forma muito rápida, para as camadas mais elevadas e mais frias, onde se dá o congelamento. Ocorre durante o verão, por ocasião das trovoadas ou em momentos de tempestades.
         A chuva resulta do contato de uma nuvem saturada de vapor de água com uma camada de ar frio. Esse contato pode ocorrer de três maneiras:

CHUVAS CONVECTIVAS: Ocorrem quando o ar, em ascensão vertical, se resfria (em contato com camadas mais frias), condensa e precipita sob a forma de chuva. Esse tipo de chuva é comum no verão.

CHUVAS OROGRÁFICAS: Ocorrem com a ascensão e o resfriamento do ar quando tem de ultrapassar barreiras do relevo. Em Vitória da Conquista a umidade do ar oriunda do mar encontra a barreira física da escarpa do Marçal e tende a subir, condensando e ocasionando chuvas na porção leste do Planalto de Conquista. A massa de ar que atravessa a escarpa, já não possui muita umidade influenciando no baixo índice pluviométrico em Vitoria da conquista.

A umidade atmosférica normalmente diminui com o aumento da altitude e da latitude. Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como estado de alerta as variações entre 20% e 12% na umidade relativa do ar. É considerado alerta máximo quando a umidade do ar atinge níveis abaixo de 12%. A baixa umidade do ar (na faixa dos 20%) causa problemas respiratórios, secura na garganta, no nariz, olhos e pele. A baixa umidade relativa do ar pode provocar ainda, problemas ambientais, como queimadas foi o que ocorreu recentemente na região centro –oeste

e) PRECIPITAÇÃO

       Corresponde a diferentes maneiras pela qual o vapor de água, após condensar-se na atmosfera, chega à superfície terrestre. A neve, o granizo e a chuva são as principais formas de precipitação atmosférica.
       A neve é o resultado da cristalização do vapor de água no interior ou pouco abaixo das nuvens. Ocorre em regiões onde a temperatura atmosférica é suficientemente baixa para evitar que os cristais entrem  em fusão.
       O granizo é constituído pelo gelo. Sua formação deve-se as fortes correntes conectivas, que realizam o transporte das gotas de água condensadas, de forma muito rápida, para as camadas mais elevadas e mais frias, onde se dá o congelamento. Ocorre durante o verão, por ocasião das trovoadas ou em momentos de tempestades.
         A chuva resulta do contato de uma nuvem saturada de vapor de água com uma camada de ar frio. Esse contato pode ocorrer de três maneiras:

CHUVAS CONVECTIVAS: Ocorrem quando o ar, em ascensão vertical, se resfria (em contato com camadas mais frias), condensa e precipita sob a forma de chuva. Esse tipo de chuva é comum no verão.


CHUVAS OROGRÁFICAS: Ocorrem com a ascensão e o resfriamento do ar quando tem de ultrapassar barreiras do relevo. Em Vitória da Conquista a umidade do ar oriunda do mar encontra a barreira física da escarpa do 
Marçal e tendem a subir condensando e ocasionando chuvas na porção leste do Planalto da Conquista. A massa de ar que atravessa a escarpa, já não possui muita umidade influenciando no baixo índice pluviométrico de Vitória da Conquista.

CHUVAS FRONTAIS: resultam do choque de uma massa de ar frio com uma massa de ar quente. Em Vitória da Conquista e Região, principalmente no inverno, o choque da Massa Polar Atlântica - mPa com a Massa Tropical Atlântica –provocam chuvas frontais.








Fatores Climáticos


Características físicas que determinam o estado climático e interferem na temperatura e dinâmica do clima, dentre elas podemos destacar: A altitude e a longitude.
Como a Terra se aquece de baixo para cima, os locais situados em baixa altitude devem receber um maior aquecimento que outros situados em pontos mais altos, onde a irradiação do calor será menor. A variação da temperatura com a altitude implica que a cada 1000m de altitude temos, aproximadamente, uma redução de 6°C. Nas áreas de maior altitude, a pressão diminui nas áreas de menor altitude, a pressão aumenta, porque aí o peso ou força que o ar exerce é maior. Em outras palavras, podemos dizer que as áreas mais baixas têm mais ar acima delas, portanto, maior pressão atmosférica. Sendo  um dos fatores que mais influenciam na temperatura de um lugar. Quanto mais próxima uma área estiver da linha do equador, maior será a temperatura. Assim, a temperatura é mais elevada nas latitudes baixas, (próximas do equador) e mais baixa nas latitudes altas (próximas dos pólos).



a)   MARITIMIDADE E CONTINENTALIDADE

 A maritimidade refere-se à proximidade em relação ao mar, tende a amenizar as tendências da temperatura. Já a continentalidade refere-se à distância em relação ao mar, e tende a acentuar o calor e frio conforme as condições do ar. Estes fenômenos acontecem porque os corpos sólidos se aquecem e se resfriam mais rapidamente que os líquidos, que se aquecem mais lentamente e retém o calor por mais tempo. Durante o dia a terra está mais quente que o mar, e durante a noite a terra está mais fria que o mar. Assim, as regiões situadas próximas ao mar apresentarão menor amplitude térmica (diferença entre a máxima e a mínima temperatura) do que as regiões do interior dos continentes.

b)   CORRENTES MARÍTIMAS

            As correntes podem ser quentes ou frias e podem provocar alterações no clima local. É bom lembrar que em função das diferenças entre as estações do ano, que é mais significativa, quanto mais nas afastamos do Equador, as regiões tropicais apresentam menor amplitude térmica anual (variação de temperatura) que as regiões temperadas. 


c)   RELEVO:

Este influi na temperatura e na umidade de uma área, ao facilitar ou dificultar a circulação das massas de ar. Por exemplo, em áreas montanhosas o relevo acaba impedindo a passagem de massas de ar, ao passo que em áreas mais planas acabam por facilitar a penetração dessas massas.

d)      VEGETAÇÃO:

 Esta pode impedir que os raios solares incidam diretamente sobre a superfície. Da mesma forma as plantas retiram umidade do solo pela raiz e enviam a atmosfera pelas folhas (evapotranspiração). Assim, com o desmatamento, há grande diminuição da umidade atmosférica, bem como das chuvas, além do aumento significativo das temperaturas médias.





O CLIMA EM VITÓRIA DA CONQUISTA



A cidade de Vitória da Conquista é considerada uma das mais frias do Estado da Bahia. Vamos exercitar nossos conhecimentos sobre fatores e elementos climáticos e entender o porquê? O município situa-se num planalto com altitude média de 950 metros. Muito elevado se considerarmos cidades mais quentes como as litorâneas que tem uma altitude média de 50 metros. Podemos destacar ainda a distancia do mar, ou seja, a continentalidade. Já encontramos dois fatores que explicam o clima mais ameno na nossa cidade, temperatura em torno de 19,6 Cº. Porém Vitória da Conquista tem uma pluviosidade muito menor que as cidades litorâneas, 771 mm ao ano. Você Sabe dizer por quê? O relevo (outro fator climático) favorece a ocorrência de chuvas orográficas a leste da cidade. Onde a escarpa do Marçal serve como barreira natural. O município de Vitória da Conquista apresenta um clima de transição entre o sub-úmido (no leste) e o semi-árido (no oeste). O município também sofre influência das chuvas frontais durante o ano.


EFEITO ESTUFA

A vida terra, como se conhece, não existiria se não houvesse efeito estufa. É esse fenômeno, possível graças á presença dos gases na atmosfera, que faz com que a temperatura média na atmosfera seja de 15°C. Sem a presença dos gases, a temperatura média seria de -18°C.
Registros científicos vêm indicando que esse fenômeno tem se intensificado, com consequente elevação da temperatura na terra. Atribui-se à intensificação do efeito estufa a responsabilidade pelas grandes alterações climáticas que o planeta está vivendo ou mesmo aquelas que podem vir a ocorrer. Para compreender o conceito de efeito estufa, é preciso saber como funciona a trajetória da radiação solar desde a sua chegada ao planeta, até atingir a superfície da terra, retornando ao espaço em seguida.

GLOSSÁRIO:


PRECIPITAÇÃO - Resultado da condensação da umidade atmosférica. (chuva, neve etc.). Quantidade de chuva caída.
CONDENSAÇÃO - ponto térmico em que o vapor de água retorna ao estado líquido em forma de gotas de água.
MASSAS DE AR - porção de ar atmosférico portadora das características de temperatura, pressão e umidade das áreas onda se forma.
PRESSÃO ATMOSFÉRICA - pressão que a atmosfera exerce sobre todos os corpos medidos em um barômetro e variando conforme a altitude.

REFERÊNCIAS:

TERRA, Lygia e COELHO, Marcos de Amorim. Geografia geral e geografia do Brasil: o espaço natural e socioeconômico: volume único. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2005.
ADAS, Melhem. Panorama Geográfico do Brasil. São Paulo: Moderna, 1998.
http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/umidade-ar.htm. Acessado em 10 de Setembro de 2010.









 


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